quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Palavras sobre o Céu









Como se usasse roupas ou máscaras. Ele se torna em vários

Algumas vezes parece o mais manso dos seres, transmitindo uma paz infinda.

Outras tantas, mostra-se assombroso e atemorizador

Faz-nos pedir perdão até mesmo pelos pecados que não cometemos.

É sempre tão belo, não importa a face que mostre

É sempre imponente e sublime

Como um tirano, sempre nos impõe sua presença

É abrigo e abandono,

Amigo e carrasco

É vasto, como vasto é o mundo

Inalcançável, cobiçado

É o limite e o início de tudo.

 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Mais um poema

Eu quero e você quer (17/02/2014)

Eu quero ser feliz.
E é isso o que você quer.
Mas o mundo tá ai,
As pessoas nem se olham,
Abraçar então!

Eu quero ser feliz.
E é isso o que você quer.
Mas a vida é isso que você vê na TV.
O que muda é o endereço,
Os personagens são sempre os mesmos.


Eu quero ser feliz.
E é isso o que você quer.
Mas deixamos de nos amar,
Se é que algum dia o fizemos.
Somos tristes, é isso o que agora temos.

Eu quero ser feliz.
E é isso o que você quer.
Mas o que resta é isso mesmo,
Provamos do nosso próprio veneno.

Eu quero ser feliz.
E é isso o que você quer.
Mas esquecemos a recita,
E ela é tão simples.


Eu quero ser feliz.
E é isso o que você quer.
Mas não dá pra ser sozinho
Para conseguir é preciso que eu estenda a mão pra quem está no caminho

Eu quero ser feliz.
E é isso o que você quer.
Mas antes é preciso entender
Que eu me sangro quando firo você.

Eu quero ser feliz.
E é isso o que você quer.
Então vamos começar a plantar nossos jardins,
Eu daqui e você dai,
E colheremos os melhores frutos, as mais belas flores.
E voltaremos a sorrir,
Como crianças cheias de amores.



domingo, 6 de abril de 2014

AS COISAS QUE AMO


                            

Amo a vida!
Ela nos dá a oportunidade de viver, ainda que alguns contentem-se em existir.

Amo a loucura!
Ela nos torna capazes de ser único, ainda que alguns contentem-se em ser cópias.

Amo a alegria!
Ela nos faz esquecer todo o mal que existe, ainda que alguns não o esqueçam, nem mesmo quando sorriem.

Amo a tristeza!
Ela nos lembra que temos fraquezas, ainda que alguns, simplesmente não as admitam.

Amo a ignorância!
Ela nos revela o quanto nos falta aprender, ainda que alguns só se vejam enquanto professores.

Amo a sabedoria!
Há quem diga que ela nos torna mais humildes, não sei, ainda não a alcancei.

Amo por fim a morte!
Ela não nos deixa esquecer que somos mortais e limitados, ainda que alguns tenham o privilegio de continuar vivendo nas memorias e nos corações de outros mortais.



sexta-feira, 7 de março de 2014

Quero falar do Vinícius

 – Eu quero falar do Vinícius.
 – Vinícius!?
– Você sabe de qual Vinícius eu falo, não sabe?
O Vinícius de Moraes (1913-1980) é, em minha opinião, o maior poeta brasileiro. Não é que eu o admire apenas como poeta. Quer dizer... o cara foi tudo o que quis ser nesta vida, e isso é admirável, não? Diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor. Até mesmo a morte foi ao seu gosto, morreu na banheira da casa onde morava, na Gávea, fumando charutos acompanhados por uma taça de champanhe, bem ao modo Vinícius de Moraes.
De tudo o que o Vinícius foi, e o foi muito bem, o que mais me desperta paixão é a poesia, claro! Às vezes quando leio suas obras fico a imaginar no que ele pensava ao escrever. E é bom esclarecer que o meu interesse por poesias despertou a partir das leituras de seus sonetos que comecei a ler quando adolescente apaixonada e boba, com 12 ou 13 anos. Nunca mais deixei de ler poesia e passei a tentar escrever alguma coisa também.
É por isso que admiro o Vinícius, porque suas obras despertaram em mim, uma adolescente que nem tinha tanto acesso a leitura a não ser na escola onde estudava, o interesse pela poesia, pela escrita e pela leitura e que por isso ganhou vida. Os críticos podem até discordar, mas pra mim ele sempre será o melhor... Vinícius, esse do qual eu falei.
 – Ah! Vinícius!


terça-feira, 4 de março de 2014

Poema novinho: E por falar em amor...

E por falar em amor...

Eu nunca soube o que é o amor. É verdade, não o conheço!
E apesar de sempre ouvir maravilhas a seu respeito, nunca tive a sorte de encontrá-lo.
Ouvi dizer que é bem bonito, o amor... Muito nobre também.
É generoso e paciente... E faz um bem danado a alma da gente.
Mas conhecê-lo não!... nunca o conheci.

Já vi que vai ser difícil encontrar o amor... Não sei por que caminhos costuma andar.
Muito embora... Se não me engana a memória... Certa vez uma criança me indicou a direção...
Parece que o amor se encontra sempre nas coisas mais simples... nos lugares onde adultos não costumam olhar.
As crianças sim, sempre o encontram... Curiosas do jeito que são, estão sempre a mexer e remexer em tudo. Adulto não! Este sempre tem focado o olhar para as coisas práticas da vida.
Talvez seja isso... Talvez eu não desconheça tanto assim o amor. Afinal, eu devo tê-lo encontrado quando criança...
Talvez... é!... mas eu cresci...
Não! Espere um pouco... tenho aqui comigo um baú e algumas lembranças do tempo de minha infância... Quem sabe não encontre o amor guardado aqui!
É isso!
 Olha! Dá uma licencinha! Outro dia conversamos! Agora vou ver se acho nessas tais coisas simples o amor que tanto sonho encontrar.




domingo, 2 de fevereiro de 2014

Luz na escuridão

Luz na escuridão



Há dias nublados em que a escuridão esconde a luz e a solidão impõe sua presença.

Mas, nesses dias sombrios persiste sempre um pouco de luz... E ali, na brecha quase imperceptível deixada pela sombra escura, a luz invade e se irradia.

E dessa forma percebo que não há escuridão, tristeza ou dor que resista a luz...


 do sol...                                                                             do sorriso...                                   
                              do amor.




Cris Cruz

domingo, 11 de agosto de 2013


DE ALUNA PRA PROFESSORA

Testemunho:

Pense que coisa besta!
Consegui ter um trabalho meu, que não teve a intervenção, nem a indicação direta de nenhum dos meus professores; aprovado em um determinado evento acadêmico.  Esse trabalho surgiu do meu desejo em escrever sobre um tema. Claro, suscitado por uma das obras de um grande escritor, que simplesmente adoooooooro, Rubem Alves.
O fato é que fiquei tão feliz, que não paro de olhar para minha produção... E ai, fiquei pensando! Se eu que já tenho uma certa trajetória escolar e já passei por um tanto de situações de produção de escrita, fiquei assim... tão bestificada, maravilhada, empolgada, e qualquer outro adjetivo relacionado a isso que possa ser acrescentado, em ver meu trabalho intelectual ser valorizado. Como deve ficar uma criança quando percebe que algo que partiu do seu interesse e foi produzido por ela é valorizado por seu professor, pais, comunidade?
Eu não sei como fica. Não lembro de ter sentido essa sensação na escola, enquanto criança... nem adolescente. O conhecimento sempre era do outro, eu apenas o recebia, e reproduzia. Tive de chegar à universidade e ter um trabalho aprovado em um evento cientifico para descobrir o quanto é maravilhoso sentir-se construtor do seu próprio conhecimento.
Mas... e quem não consegue resistir a uma vida escolar sem sentido por tanto tempo? Quem desiste antes?
Seria muito bom se já desde crianças percebêssemos, e a escola também percebesse e valorizasse, as nossas potencialidades. Não seria?

Sei lá... fiquei pensando!